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Mas, receando o que espírito humano poderia conquistar, o Senhor disse:
- Vamos até eles e confundamos a sua linguagem para que não possam compreender o discurso uns dos outros."
E termina este trecho de vídeo com uma mensagem, que poderemos pensar que será, provavelmente, a ideia essencial que o realizador procurou transmitir neste filme:
- Se quiser ser compreendido. Ouça!
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1 comentário:
Critica Reflexiva – Babel
O filme “Babel”, na minha opinião é excelente, uma grande obra, relata a era globalizada, a acção transcorre em três continentes (América, Ásia, África) envolvendo imigrantes, adolescentes e brancos endinheirados. Tem uma parte em que achei um embuste, violento e publicitário.
Marrocos, México, EUA e Japão são os cenários explorados pelo cineasta e em todos é capaz de captar o caos que surge a partir de pequenas decisões. Na relação entre pais e filhos, empregador e empregado, lei e cidadão e, porque não, entre países.
As relações caminham todas para a tragédia graças à incapacidade de comunicação, seja política, a verbal ou mesmo a relacionada à deficiência.
Num mundo tão largo e distante, vivem realidades que nos passam ao lado, que não assumimos, nem sequer consideramos. Inundam as nossas notícias, movem a opiniões pública, reduzem-se a linhas que filtram qualquer som natural do dia-a-dia, apresentando uma textura plástica e irritantemente definida.
No nosso mundo, aquilo que entendemos é no fundo aquilo que compreendemos. Infelizmente, por vezes, isso reduz-se aquilo que queremos compreender no nosso seio familiar segmentado e delimitado. Deste modo ignoramos o impacto dos outros, e a nossa importância num conjunto de relações aparentemente inconsequentes. Babel sobre isso, sobre a nossa capacidade de ouvir o que habitualmente não é traduzido, questionando a sociedade ocidental de realmente querer ouvir.
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